Na aula 17 estudamos sobre o desequilíbrio dos centros de força conhecido como chacras e para exemplo de nosso estudo vimos a história de Julio do Livro de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier intitulado Entre a Terra e o Céu (clique aqui e baixe o livro completo).

Reencarnação

Nesta história tem-se como instrutor o Ministro Clarêncio, mostrando as três última encarnações de Julio, na antepenúltima encarnação o livro mostra a seguinte passagem:

“— É pena. Júlio envolveu-se em compromissos graves. Desentendendo-se com alguns laços afetivos do caminho, no século passado, confiou-se a extrema revolta, aniquilando o veículo físico que lhe fora emprestado por valiosa bênção. Rendendo-se à paixão, sorveu grande quantidade de corrosivo. Salvo, a tempo, sobreviveu à intoxicação. mas perdeu a voz, em razão das úlceras que se lhe abriram na fenda glótica. Ainda aí, não se conformando com o auxílio dos colegas que o puseram fora de perigo, alimentou a idéia de suicídio, sem recuar. Foi assim que, não obstante enfermo, burlou a vigilância dos companheiros que o guardavam e arrojou-se a funda corrente de um rio, nela encontrando o afogamento que o separou do envoltório carnal. Na vida espiritual, sofreu muito, carregando consigo as moléstias que ele mesmo infligira à própria garganta e os pesadelos da asfixia […].” (p. 59-60)

Na penúltima encarnação foi passado por André Luiz as seguintes observações:

“[…] reencarnou, junto das almas com as quais se mantém associado para a regeneração do pretérito. ” (p. 60)

“[…] mas o pequeno Júlio, formosa criança de oito anos, perdeu a existência no mar.

[…] Uma onda rápida surpreendeu o miúdo banhista, arrojando-o ao fundo. Incapaz de reequilibrar-se. Júlio voltou cadaverizado à superfície.” (p. 19)

“Nosso Júlio, até hoje, ainda não se refez completamente. Ainda grita sob pesadelos inquietantes, como se estivesse a sofrer sob as águas.[…]

O Ministro, cuidadoso, pediu-lhe abrisse a boca e, surpreendidos, notamos que a fenda glótica, principalmente na região das cartilagens aritenóides, apresentava extensa chaga.” (p. 57,59)

Já na última encarnação foi mostrado pelos seguintes trechos:

“O pequeno Júlio desenvolvia-se como flor de esperança no jardim do lar, todavia, sempre mirrado, enfermiço.

Desvelavam-se os pais por assisti-lo convenientemente, contudo, por mais adequados se categorizassem os tratamentos recalcificantes, trazia doloroso estigma na garganta.

Extensa ferida na glote dificultava-lhe a nutrição.

[…]

O pequerrucho já começava a falar por monossílabos, em vésperas do primeiro ano de renascimento, quando nova luta surgiu.

O inverno chegara rigoroso e vasto, surto de gripe espalhara-se ameaçador.

[…]

O menino, assaltado por teimosa amidalite, jazia prostrado, febril.” (p. 190-191)

[…]

“nosso orientador, sereno como sempre, exclamou, compadecido:

— A difteria está perfeitamente caracterizada. A deficiência congenial da glote favoreceu a implantação dos bacilos. É imprescindível o socorro urgente.” (p. 190-192)

“A aurora começava a refletir-se no firmamento em largas riscas rubras, quando […] Júlio afastou-se do corpo de carne, abrigando-se nos braços de Odila, à maneira de um órfão que busca tépido ninho de carícias.” (p. 206 – 207)

Após toda essa trajetória narrada por André Luiz temos a conclusão do caso:

“— Júlio reajustou-se para a continuação regular da luta evolutiva que lhe compete. O renascimento malogrado não teve para ele tão somente a significação expiatória, necessária ao Espírito que deserta do aprendizado, mas também o efeito de um remédio curativo. A permanência no campo físico funcionou como recurso de eliminação da ferida que trazia nos delicados tecidos da alma. A carne, em muitos casos, é assim como um filtro que retém as impurezas do corpo perispiritual, liberando-o de certos males nela adquiridos.”

“— Isso quer dizer que Júlio doravante poderá exteriorizar-se num corpo sadio, conquistando merecimento para obter uma reencarnação devidamente planejada, com elevados objetivos de serviço.”  (p. 206 – 207)